Um Lugar ao Sol estreia nesta segunda, dia 8 na Globo. É a primeira novela totalmente inédita no horário desde o início da pandemia. A nova trama traz a história dos gêmeos Christian e Christofer/Renato (Cauã Reymond) que vivem realidades distintas: a dos sonhos realizados e a dos que foram cruelmente frustrados.
Na trama, ao perderem a mãe no parto, em Goiânia, os irmãos são separados prestes a completarem um ano de idade. Um deles é adotado por um casal do Rio de Janeiro; o outro é encaminhado pelo pai, sem recursos, a um abrigo. Assim, Christofer – rebatizado Renato pelos pais adotivos – e Christian crescem sem saber da existência um do outro. Até que seus caminhos se convergem e Christian assume a identidade do irmão gêmeo, Renato, aquele que teve a chance de ter uma vida com mais oportunidades e sempre viveu no luxo.
Andreia Beltrão, que interpreta a ex-modelo Rebeca comemora à volta a TV. “Rebeca fala muito sobre a beleza, o envelhecimento, mas não vejo como uma angústia. Ela pensa muito nisso, mas o mais interessante é que não é uma derrota. São perguntas, dilemas, problemas… A Rebeca reage e, por mais que fique insegura, sofra, está sempre ativa na situação. Na minha vida, tenho a mesma idade que a Rebeca e não vivi nenhuma opressão em relação à televisão. Estou bem. Quando me olho no espelho, me vejo até mais bonita do que antes”, afirma a atriz de 58 anos.
Na história, Rebeca terá um caso com Felipe, papel de Gabriel Leone. “Sempre foi um sonho trabalhar com a Andrea, sou muito fã dela e de seu trabalho. Construímos uma amizade, um carinho enorme, e levamos isso para os personagens. Foram cenas muito divertidas, especiais de fazer e tenho certeza que isso levou a questão da diferença de idade para outras camadas”, ressalta Gabriel.
Mariana Lima conta a experiência de viver os dilemas da personagem. “Ilana tem um casamento de sucesso, maravilhoso, mas é um casamento longo, que passa por muitas coisas. Ela acaba colocando a libido no trabalho e aí o relógio biológico ‘bate’. Ela passa por um processo doloroso para tentar engravidar e as consequências da gravidez nesse casamento vão levar essa mulher, uma heterossexual convicta, a passar por essa crise de auto aceitação”, adianta.
Denise Fraga comenta o processo de criação para viver Júlia, uma cantora com problemas com o alcoolismo que ainda sonha ser reconhecida profissionalmente. “A trama da Júlia da voz a muita gente. Entender o problema da adicção como uma doença e a solidão que envolve tudo isso. Ela tenta manter o otimismo, a alegria. Tenta de toda maneira falar que está tudo bem, e nisso ela se enfia em enrascadas. A Júlia tem humor, tem uma tragédia melancólica…”, diz Denise, que ainda complementa: “O bonito desta personagem é a relação dela com a arte, com a música, com querer acreditar aos 50 e tantos anos que ela ainda vai dar certo”.
Para a autora Lícia Manzo, tratar de temas pertinentes e atuais é essencial dentro da dramaturgia. “A adicção acontece quando você está num mundo desequilibrado. Na procura por um lugar ao sol, se você tem possibilidades, recursos, ferramentas, isso já é um facilitador humano, mas infelizmente muitos de nós não têm”, explica.
O diretor artístico, Maurício Farias reforça. “Queremos criar uma ponte entre o que queremos dizer e o espectador de uma forma clara, contundente e provocadora. Esse é o objetivo do meu trabalho, da Lícia e de todos que participaram desse processo – elenco, equipe, técnicos. Nossa pretensão é, através da nossa atividade, trazer para o público coisas interessantes para se pensar, refletir, e que geram algo. Um trabalho que não gera reflexão, para que seria? A arte sempre faz sentir de alguma forma. Provocar algo no outro faz parte do nosso trabalho”, acredita.
Um Lugar ao Sol é uma novela criada e escrita por Lícia Manzo com direção artística de Maurício Farias. A obra é escrita com Leonardo Moreira e Rodrigo Castilho, com colaboração Carla Madeira, Cecília Giannetti, Dora Castellar e Marta Goés. A direção geral é de André Câmara e direção de Vicente Barcellos, Clara Kutner, João Gomez, Pedro Freire e Maria Clara Abreu. A produção é de Andrea Kelly e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.
Comunicação Globo
Via assessória