Reis pode virar dor de cabeça para a Record TV. A nova superprodução da emissora já está com gravações aceleradas e estreia no dia 22 de março às 21:00 horas, também conhecido como próxima terça. O texto é de Raphaela Castro e a direção-geral é de Juan Pablo Pires.
“Reis” não será uma novela, entretanto vai seguir o formato de série. A exibição vai ocorrer sem paralisações e cada temporada contará uma parte da história bíblica. Pensando nisso, a Record resolveu colocar no ar um compacto das novelas “Gênesis”, “Os Dez Mandamentos 1 e 2” e “A Terra Prometida” para preparar o público para a estreia de “Reis” que é uma história em seguida dessas novelas.
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No entanto, a Record TV pode estar bem preocupada com a audiência que a produção possa ter. A emissora está preocupada se vai perder a segunda colocação no horário. Diferentemente do que aconteceu com “Gênesis”, “Reis” vai disputar púbico com novelas inéditas da concorrência com alto investimento.
Concorrência forte
No horário de “Reis”, a série vai disputar parte do tempo com “Poliana Moça” do SBT que estreia no dia 21. A trama do canal de Silvio Santos tem tido ampla divulgação, começando desde janeiro. “Poliana Moça” tem despertado curiosidade do público pela trama mais adolescente e também pelos diversos teasers divulgados. A Record TV demorou para começar a divulgação de “Reis” e não tem sido tão intensa igual acontece com as concorrentes.
Sobretudo, com todos estes elementos, a forte concorrência pode dificultar e fazer com que a Record fique na terceira colocação. O pior ainda pode acontecer na sequência da grade de programação da emissora. Com Globo e SBT fortalecidos, a entrega de audiência para as outras atrações pode prejudicar ainda mais a emissora dos bispos.
Reis: Record faz documentário para preparar o público
A RecordTV, assim como fez com Gênesis e A Bíblia, está produzindo um documentário para exibir no fim de semana que antecede a estreia de Reis. No dia 20, será exibido às 23h15 da noite na emissora, o documentário Antes de Reis: A Era dos Juízes, preparando o público para a novela.
No documentário, o repórter André Tal viajou para Israel para mostrar grandes descobertas arqueológicas. De acordo com o roteiro, em uma pequena cidade de Israel, fragmentos de um vaso de cerâmica milenar vão ajudar a remontar a História.
“A gente vasculhou toda a área e achou mais e mais pedaços, como um mosaico. Na restauração, nós conseguimos formar uma inscrição. Foi muito empolgante”, relata Saar Ganor, arqueólogo da Autoridade de Antiguidades de Israel. Na peça, foi possível ler a palavra “Jerubaal” — o nome de um personagem bíblico do Livro de Juízes, que antecede a história de Reis.
Contudo, a equipe liderada por André Tal passou por vários locais de Israel, que ajudam a recontar esse período histórico.
Há cerca de 3.000 anos, os juízes buscavam mais do que justiça. Eles foram os principais líderes de Israel em um momento de muita turbulência, exerciam influência política e espiritual. “Se pegarmos uma linha do tempo, os juízes estão justamente como um hiato entre a chegada do povo de Israel à Terra de Canaã e a instituição da monarquia”, explica o arqueólogo brasileiro Rodrigo Silva.
Siló foi um dos principais locais visitados pela expedição, pois foi o local escolhido para sediar o Tabernáculo, após a peregrinação de 40 anos no deserto. Siló é a principal cidade onde a primeira fase de Reis se passará, é onde Ana ora a Deus para lhe dar Samuel, e onde ele morará.
Réplica fiel em documentário de Reis
O documentário também mostrará uma réplica desse tabernáculo, que fica localizado em São Paulo. Uma reprodução bem fiel, inclusive da famosa Arca da Aliança, que ficava em uma parte especial do templo e guardava as tábuas dos Dez Mandamentos.
Também teremos um destaque aos filisteus, principais inimigos dos Israelitas na época. Com restos de construções que revelam o poder de fogo que a nação tinha. O documentário também mostrará alguns territórios que foram dominados por esses guerreiros e guardam vestígios dessa presença até hoje.
“Os filisteus eram muito avançados. As cidades filisteias eram bem maiores e apresentavam estratificação social — rei, elite, pessoas mais simples”, explica o arqueólogo israelense. É o ponto de partida de Reis, que terá sua primeira fase focada em Samuel, e se chamará “A Decepção”.
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