Em um primeiro trimestre marcado por recuperação de audiência em algumas faixas, a Globo também tem o que comemorar no quesito faturamento. Isso porque, de acordo com um balanço divulgados na noite de ontem (1), e obtidos pelo Notícias da TV, o Grupo Globo conseguiu uma receita de R$3,274 bilhões. Resultado esse que é 13% maior que o valor arrecadado no mesmo período de 2021, quando foi de R$2,907 bilhões.
Levando em conta que a Globo gastou cerca de R$2,663 bilhões para funcionar nesse primeiro trimestre, o seu lucro foi de R$367 milhões, já descontando juros, impostos, e outras coisas. Sem contar esses pagamentos, o lucro seria de R$611 milhões, sendo o maior desde o primeiro trimestre de 2017. Pra se ter uma ideia de quão grande é esse lucro, durante o ano todo de 2021, a Record e o SBT lucraram quase 3 vezes menos que isso, cerca de R$130 milhões.
Esse aumento do faturamento e do lucro em relação a 2021 foi puxado principalmente pelo avanço da vacinação, e o aumento da produção de programas, novelas e séries. Fora que com a redução das medidas sanitárias, o custo com testes diários de COVID-19 entre outras coisas. Entre janeiro e março de 2021, a Globo havia gastado R$3,296 bilhões, cerca de 19% a mais do que neste ano.
Também há o fato do sucesso comercial do BBB 22, que ganhou cerca de R$1 bilhão apenas com merchan e cotas de patrocínio, e os acordos fechados para Pantanal também. Ano passado, a Globo tinha apenas reprises na sua programação, o que não atrai tantos anunciantes, já agora as três faixas de inéditas retornaram.
Paulo Marinho, presidente do Grupo Globo comemorou os resultados, mesmo que para obtê-los, cortes e demissões tenham sido necessárias. E diz que nos próximos meses, a sensação ainda é de incerteza, ainda mais com o aumento de casos de COVID, que pode gerar novas paralisações, e ainda o fato das eleições presidenciais, que irão mudar o rumo do Brasil em breve.
Porém, o executivo está confiante, devido ao sucesso de Pantanal, que deve render muito para a Globo nos próximos meses. Também há a Copa do Mundo do Catar, que mesmo ainda não tendo fechado todas as cotas de patrocínio, espera-se que haja muito faturamento.
“Mais do que traduzir esse início de ano de 2022, estes números mostram quanta coisa boa já realizamos em pouco tempo e o potencial que temos para seguir em frente e conquistar ainda mais. O ano, entretanto, se apresenta com um relevante conjunto de desafios. Precisamos continuar atentos aos custos, mantendo a nossa flexibilidade e capacidade de adaptação ao cenário de incertezas que percebemos nos próximos meses à frente”, concluiu ele.