Lá em 2016, cinco anos atrás quando saí do cinema, da sessão de Esquadrão Suicida do David Ayer pensei logo que jamais ganharia sequência. O filme foi uma das maiores decepções do ano de 2016 pra mim, e pensei que a franquia não tinha salvação – salve a Arlequina da Margot Robbie e outras coisas. Me surpreendi demais quando, em 2018, foi anunciado que James Gunn seria o diretor e roteirista de um novo filme do grupo de vilões. Desde a época criei o hype, pois o diretor era responsável por Guardiões da Galáxia, que é um dos meus filmes favoritos da Marvel.
Com a saída das primeiras imagens e o primeiro trailer o meu hype subiu muito, porém fiquei receoso, visto que em trailer a DC já nos enganou perfeitamente. Porém, não podia estar mais redondamente enganado. E a crítica estava certa. O Esquadrão Suicida de James Gunn é um filmaço, e merece todos os elogios possíveis. Vamos para a crítica.
O filme, apesar de ser uma espécie de reboot/sequência, aproveita algumas coisas de seus “antecessores”, Esquadrão Suicida (2016), e Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (2019). Há citações e referências, porém nada forçado e nem muito menos que precise ter visto os dois filmes para entender tudo. A história não é prejudicada caso você não queira assistir os outros filmes.
Qualidade técnica
Começo elogiando a qualidade técnica do filme, James Gunn é um dos melhores diretores da atualidade, as cenas que ele faz e o jogo de câmeras é simplesmente fantástico, há momentos que você imerge na narrativa completamente. Caso o filme fosse em 3D, seria uma experiência fantástica. Por conta da pandemia (creio eu), o filme foi exibido em 2D nas salas de cinema mesmo. O diretor também escolheu a separação do filme por capítulos, mas diferente do que Zack Snyder fez em sua Liga da Justiça, os títulos dos capítulos se assemelham mais à quadrinhos mesmo, usando elementos da paisagem para dar nome às fases do filme. O Salvamento de Arlequina, por exemplo, que usa efeitos de fogo que estavam no local.
E as cenas de violência estavam totalmente explícitas. Não leve crianças e pessoas sensíveis, porque o filme não é para esse público. Me impressionou o filme no Brasil não ser classificado como proibido para maiores de idade, como foi nos Estados Unidos. Eles não economizam em cenas brutais e sangrentas, inclusive a primeira sequência do filme é totalmente isso. Para finalizar essa parte, cabe um elogio à trilha sonora. Perfeita em todos os momentos – e, com nomes brasileiros. Em um momento, toca uma música de Karol Conká e Glória Groove.
Roteiro e elenco
Esquadrão Suicida é EXTREMAMENTE divertido. É um filme que você não vê as 2h passarem direito. Não tem barriga em quase nenhum momento, e cada ato tem momentos memoráveis. Não vou falar mais nada sobre, pra não dar spoiler. Mas uma dica, não se apeguem a nenhum personagem. No elenco, todos estão incríveis. Margot Robbie novamente rouba a cena como a nossa queridíssima Arlequina.
Outros destaques são ao John Cena, perfeito como Pacificador, me deixou muito hypado para a série dele, que chega em janeiro ao HBO Max. Idris Elba e Daniela Melchior não deixam nada a dever também. No geral, todo elenco é super carismático. Foi muito bom ver o Joel Kinnaman e a Viola Davis de volta como Rick Flag e Amanda Waller. Mesmo que o primeiro filme seja ruim, tem coisas muito boas para se aproveitar.
Considerações finais
Se você tinha medo de ver O Esquadrão Suicida por causa do filme fracassado de 2016, só digo uma coisa: vá sem medo. O filme é mil vezes melhor que aquele filme de 2016, infelizmente picotado pela Warner. O filme possui 2h12min de duração, porém vale a pena cada minuto assistido. Minha nota para o filme é de 9,5/10. Irei ver novamente muito em breve.