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China faz Cerimônia de Abertura simples e impactante

China
Grande floco de neve na Cerimônia de Abertura (Foto: Getty Images)

China faz Cerimônia de Abertura simples e bonita. Se em 2008 o país realizou uma grande festa artística, complexa e com alto investimento, desta vez foi completamente diferente. No entanto, não deixou de ser impactante e histórica.

Pequim é a primeira cidade do mundo que se tornou sede das Olimpíadas de Verão e Inverno em toda a história. Também entrou para a história por ser a primeira Olimpíada de Inverno em um período pandêmico. Os conflitos que envolvem China e Taiwan, Ucrânia e Rússia, também contribuíram para o cenário histórico dos jogos.

Taiwan ameaçou não desfilar, protestos estavam previstos durante a cerimônia e o boicote diplomático também estavam em pauta. No entanto, o COI (Comitê Olímpico Internacional) pediu para que estes protestos não acontecessem, e assim foi feito. Taiwan desfilou como Taipé Chinesa, algo que já vem acontecendo nos eventos esportivos mundiais e tolerável pela China. Estados Unidos e Índia não enviaram autoridades para o evento em sinal de protesto político contra a China.

Antes de tudo, os Estados Unidos reclamam da interferência chinesa nas ameaças de invasão ao território reclamado de Taiwan. No entanto, a China diz que o território é dela e que é uma província rebelde do país. Além disso, os Estados Unidos também apontam para problemas de direitos humanos dentro da China.

Contexto da China

A cerimônia chinesa tem um enredo que é preciso voltar no contexto de 2008. Naquele ano, a China mostrava para o mundo que ela tinha potencial, iria crescer e que em breve iria ameaçar a hegemonia americana. Entretanto, não só no esporte, mas também na economia, tecnologia e influência internacional. Depois de 14 anos, a China cumpriu a promessa e o mundo já sabe do que ela é capaz de fazer.

Entendendo este contexto e o cenário de muitas restrições por conta do vírus da Covid-19, a China precisou fazer uma cerimônia mais simples. A aposta foi na diminuição do número de pessoas participantes no palco central e uma redução do público. O “Ninho do Pássaro”, estádio muito conhecido no sucesso das Olimpíadas de Verão de 2008 tem capacidade para 80.000 pessoas.

Beleza e simplicidade

O desfile dos países seguiu o mesmo exemplo das Olimpíadas de Tóquio com esportes de verão. Naquela situação, as delegações tiveram um número reduzido de atletas presentes no desfile, assim também aconteceu nesta sexta (4). Jaqueline Mourão e Edson Bindilatti foram os porta-bandeiras do Brasil no desfile.

O show não contou com nomes de peso na parte artística, chineses voluntários ensaiaram e participaram dos números artísticos. Com jogos de luzes e colocando os flocos de neve como protagonistas, a cerimônia impactou com leveza e beleza, fugindo do luxo. A pira olímpica foi menor para que a chama fosse menor e emitisse menos carbono, trazendo ideia de sustentabilidade.

Os tempos solares foram representados na contagem regressiva em 24 números, vale lembrar que esta é a vigésima quarta edição dos Jogos de Inverno. Os jogos de luzes e coreografias dos voluntários participaram ativamente deste momento. A China também fez referência aos povos de todo mundo com a sua diversidade e também para as 56 etnias presentes no país.

Para homenagear o Rio Amarelo, uma cascata de luz simulou o rio que depois se transformou em bloco de gelo com imagens das outras vinte e três edições dos jogos. Ao final, os flocos de neve passaram a ter os nomes de todos os países participantes e juntos formaram um grande floco de neve no estádio.

Transmissão

Antes de tudo, o Sportv 2 transmitiu ao vivo a festa que começou às 9:00 horas, a Globo vai exibir um compacto da Cerimônia depois do “Jornal da Globo” desta sexta (4).

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