A Globo lançou na última quinta-feira (27) o seu mais novo documentário para o GloboPlay, o Caso Celso Daniel. Que contará a história do sequestro e assassinato do político, que completou 20 anos nesse mês de janeiro. Porém, lançar um documentário sobre o Caso Celso Daniel em pleno ano político, gerou polêmica nos bastidores da Globo. Leia abaixo para entender o porque disso:
“Quem sequestrou Celso Daniel? Por que ele foi morto? O documentário O Caso Celso Daniel guia o espectador pelo emaranhado de informações conflitantes e pela guerra de versões que sempre envolveu o caso. Traremos luz aos fatos de um crime que sobrevive 20 anos na história política do país, com ricos depoimentos que convidam para uma imersão de dor e esclarecimento do trabalho realizado pelas autoridades, valorizando a informação acima das opiniões”, explica a diretora.
Dois jornalistas da Globo, que preferiram não se identificar, questionaram a intenção da emissora em lançar o documentário em pleno ano eleitoral. Para eles, o caso já foi finalizado e não teve intenções políticas. Segundo eles, o documentário só irá gerar teorias conspiratórias e poderá interferir e atrapalhar na candidatura de Lula em 2022. Além de jornalistas, artistas também reclamaram da decisão da Globo em lançar o Caso Celso Daniel, para eles, isso só deve polarizar o público.
Celso Daniel era do Partido dos Trabalhadores (PT), e foi sequestrado na noite de 18 de janeiro de 2002 após ter jantado em um restaurante no centro da cidade de São Paulo com o empresário Sérgio Gomes da Silva, seu amigo e segurança pessoal. O prefeito foi encontrado dois dias após o sequestro, em 20 de janeiro de 2002, em uma estrada rural de Juquitiba, na região metropolitana de São Paulo e com várias marcas de tiros.
Lula é citado no documentário O Caso Celso Daniel, mas devido a pandemia não foi chamado para dar entrevistas. O documentário conta em oito episódios os detalhes do assassinato, e está sendo lançado com dois episódios semanalmente.